segunda-feira, 13 de setembro de 2010

FORDISMO

O fordismo constitui o sistema de produção associado à figura do seu inspirador, o fabricante de automóveis norte-americano Henri Ford, que, na década de 1920, pôs em prática os princípios de racionalização do trabalho emanados do taylorismo e lhes associou o trabalho em sequência contínua ou trabalho em cadeia. O fordismo pode ser descrito por um sistema de racionalização do trabalho que assenta no princípio básico do ritmo máximo de produção da empresa. O móvel para a constituição de uma organização empresarial assente na distribuição do trabalho em cadeia começou por ser, fundamentalmente, de natureza financeira: os vultuosos investimentos na aquisição de matérias-primas e os custos de mão-de-obra, para um mercado em franco crescimento, conduziram à concretização da ideia de produção em movimento, sem paragens. A velocidade de realização dos homens passa a ser condicionada pela velocidade de andamento das fases do processo impostas pelas máquinas, o que veio introduzir um novo problema em termos de interacção Homem/máquina - todos os operários que não conseguissem acompanhar o ritmo a que avançava cada tarefa mecanizada tinham de ser substituídos no processo produtivo. O fordismo teve como consequências, diríamos positivas, a racionalização das tarefas e o aumento do controlo da qualidade dos produtos, o aumento da produtividade, o surgimento de um novo conceito de fábrica, espaço mais amplo capaz de permitir a linha de montagem onde se opera o trabalho em cadeia; e, ao mesmo tempo, consequências, diríamos negativas, a interdependência entre tarefas que, na circunstância de uma falhar, faziam depender toda a produção final e o facto de ter maximizado a produção humana como produção mecanizada, isto é, de ter feito dos operários "objectos" de produção capazes de repetirem incessantemente e, por suposição, sempre ao mesmo ritmo e bem, enfadonhas tarefas meramente mecanizadas.


TAYOTISMO



INTRODUÇÃO

O Toyotismo surgiu numa época em que a estrutura o capital se encontrava em crise, onde o capitalismo buscava mudanças no próprio processo produtivo.

Esse novo movimento político, denominado como neoliberalismo, traz postulados como:

• Estado mínimo;
• Livre iniciativa;
• Todas as atividades são consideradas mercadorias;

De todos os setores, o que mais sofreu com as mudanças foi a classe trabalhadora, tendo alterações em sua estrutura produtiva, sindical e política.
Tais transformações são fortemente notadas a partir de 1973, onde o capital busca reestruturar-se para restaurar seu domínio societal, quando as superpotências medem forças pela acumulação de capital, tendo como principal arma a competitividade.

É quando podemos observar comportamentos que seguem o padrão de uma empresa Japonesa que já se encontrava adaptada aos moldes que os demais países estavam buscando: A Toyota com o seu modelo Toyotista.

Ao fim da década de 60, a empresa Japonesa já estava totalmente dentro do modelo de produção flexível. Tal modelo era divulgado dentro e fora do Japão.

A ideologia e os princípios organizacionais deste modelo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo de administração, sendo que na década de 80 o Toyotismo passou a ser a ideologia universal da produção sistêmica do capital.


O engenheiro Japonês Eiji Toyoda visitou uma indústria automotiva em Detroit, dirigida pelo sistema Fordista, onde o fluxo normal era produzir primeiro e vender depois. Foi então que, ao avaliar a estrutura desta empresa, Toyoda percebeu que o Japão não teria condições de utilizar desta forma de produção.

Sendo assim, foi necessário modificar o sistema americano de produção. Buscando soluções para esse paradigma, Toyoda e seu especialista em produção Taichi Ohno, iniciaram um processo de mudanças na produção. Entre as novas técnicas implantadas, está a possibilidade de alterar as máquinas rapidamente durante a produção, ampliando assim a variedades de produtos ofertados. Essa passou a ser a essência do modelo Japonês de produção.

Algumas regras foram implantadas e constituem as características do Toyotismo, partindo do princípio de que aqueles elementos que não agregassem valor ao produto deveriam ser eliminados:

• Tempo que se perde para consertos ou refugo;
• Produção maior do que o necessário, ou antes, do tempo necessário;
• Operações desnecessárias no processo de manufatura;
• Transporte;
• Estoque;
• Movimento humano;
• Espera.

Baseando-se nos princípios acima, o modelo de produção foi planejado por:

• Automatização;
• Just-in-time;
• Trabalho em equipe;
• Administração por estresse;
• Flexibilização da mão-de-obra;
• Gestão participativa;
• Controle de qualidade;
• Subcontratação.

O que pudemos observar lendo e resumindo o texto foi que o Toyotismo veio para aperfeiçoar um método visando solucionar um paradigma: Como ajustar o sistema de produção aos moldes neoliberais.

A solução foi trazida por uma empresa que possuía limitações bem maiores do que as das grandes multinacionais fabris.

A empresa possuía sérias limitações de espaço de armazenamento e de produção e, como se não bastasse, a compra de tecnologia estrangeira, assim como a exportação de produtos, era extremamente limitada.

Neste cenário adverso, dois profissionais de visão foram capazes de enxergar uma saída para o entrave que se encontravam.


postado por:tainara silveira

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