sábado, 13 de novembro de 2010

a funçao da bird???

A função da bird






O mundo continuará vivendo com os efeitos negativos da crise financeira por anos, disse o presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, nesta sexta-feira. Zoellick acrescentou, durante uma entrevista coletiva, que o setor privado precisa desempenhar um papel maior em um momento em que o efeito dos pacotes dos governos de combate à crise diminui.
Os sinais da crise do capitalismo internacional, de acordo com Zoellick, ainda aparecem nos quatro cantos do mundo. Na Coréia do Sul, o banco central mostrou sinais de que quer reduzir o desgaste em uma discussão pública com o ministro das Finanças, que pretende que as taxas de juros permaneçam na mínima recorde até que a recuperação da economia seja mais sólida.
O presidente do banco central do país, Lee Seong-tae, prometeu nesta sexta-feira que manterá sua política de estímulo por algum tempo ainda. Analistas viram isso como um sinal de que ele está cedendo um pouco à pressão do governo, apesar de existirem preocupações de que taxas de juros muito baixas possam incentivar a inflação e produzir uma bolha imobiliária.
– A política monetária futura será centrada em sustentar a recuperação por algum tempo, mas é preciso mais atenção contra possíveis desequilíbrios econômicos – disse Lee em comunicado divulgado após uma reunião com autoridades do banco central.
Na semana passada, na reunião mensal do BC sobre juros – que teve, pela primeira vez em uma década, a participação de uma autoridade do Ministério das Finanças – a autoridade monetária manteve as taxas de juros na mínima recorde de 2%, um ano. Analistas disseram que o aumento do compulsório bancário na China nesta semana, que alimentou as preocupações sobre a nascente recuperação econômica global, também pode ter adicionado pressão sobre o banco central sul-coreano para deixar as taxas de juros como estão por enquanto.
– O presidente parece estar recuando, bem consciente das limitações do que ele pode fazer sozinho frente a uma oposição muito forte do governo – disse Yoon Yeo-sam, analista da Daewoo Securities. O mercado mostrou pouca reação, com muitos investidores mantendo seu palpite de que as taxas de juros na Coréia do Sul permanecerão estáveis para além do primeiro trimestre.
Recuperação difícil
No Japão, a recuperação econômica irá desacelerar no primeiro trimestre deste ano, mas o risco de uma nova recessão não é grande, disse o economista-chefe do banco central do país nesta sexta-feira. Além disso, mantendo a visão do Banco do Japão de que as fortes exportações em algum momento começarão a ajudar os demais setores da economia, Kazuo Monma também afirmou que a deflação irá perder força.
– Levará muito tempo para superarmos a deflação… As quedas dos preços podem diminuir ao longo de um ano ou dois. Até o fim de cada período, sinais de uma virada para o positivo podem surgir. O risco de o Japão entrar em uma espiral deflacionária é pequeno – afirmou ele em um seminário.
Embora a economia esteja se recuperando desde o segundo trimestre de 2009, grande parte da força vem das exportações, particularmente para a Ásia, já que a demanda doméstica segue fraca em meio a uma queda dos salários.
Freio comunista
Na segunda maior economia do planeta, fincada em bases comunistas, as reservas internacionais da China, as maiores do mundo, aumentaram 23% em 2009, ano em que os empréstimos bancários superaram a meta do governo. A atuação do banco central chinês tem servido como um freio para a crise, em nível global. Os bancos chineses emprestaram 9,6 trilhões de iuans no ano passado, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, excedendo a meta do governo de 5 trilhões de iuans e equivalendo a quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008.
Outro relatório do banco central mostrou que as reservas internacionais do país aumentaram em US$ 126,5 bilhões no quarto trimestre, para US$ 2,4 trilhões de dólares. Em dezembro houve aumento de US$ 10,3 bilhões, o menor desde fevereiro.

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