terça-feira, 2 de novembro de 2010

Por trás da invasão do Iraque
Por The Research Unit for Political Economy [*]
Desde o 11 de Setembro de 2001 tem havido muitas considerações acerca dos modos como o alinhamento do poder global está a mudar ou será mudado pela "guerra ao terrorismo" dos EUA. A maior parte delas toma como seu ponto de partida as opções que se deparam às nações ricas e poderosas do mundo que procuram controlar uma fatia cada vez maior dos recursos mundiais. Bend the Invasion of Iraq é escrito de uma perspectiva diferente, e ela torna possível um ponto de vista muito mais abrangente.

Os seus autores, o Research Unit for Política Ecônomo, com sede em Mumbai, na Índia, têm raízes na política de um país do Terceiro Mundo que tem sido vítima do poder imperialista. Em consequência, eles têm uma visão mais sóbria do funcionamento do poder global. Num texto claro e acessível, pesando a evidência cuidadosamente e rasteando as causas dos eventos às suas raízes, eles vão além do ultrage moral a uma visão clara do processo que está a ser posto em movimento pela invasão do Iraque conduzida pelos EUA. Eles mostram que a invasão do Iraque é uma aposta desesperada de uma secção do capital americano para assegurar seu domínio sobre o poder que é motivado pelo desejo de protelar a crise econômica através de meios militares. Os seus esforços não finalizarão com o Iraque, mas exigirão a recolonizarão do Médio Oriente.

Por trás da invasão do Iraque desmascara como mera propaganda a idéia de que a guerra trará democracia ao Médio Oriente. Num contexto onde tantos governantes são clientes dos Estados Unidos, a guerra é destinada não aos governantes mas às massas de pessoas comuns cuja hostilidade ao imperialismo não foi anulado por estas figuras corruptas e autocráticas. Este livro descreve o refazer do poder global com uma consciência verdadeiramente global daquilo que está em causa.

Tabela de conteúdo:
Prefácio
1. Introdução
2. O imperialismo ocidental e o Iraque
-De colônia a se mi
-Rumo à nacionalização
-A guerra Irão - Iraque
-O tormento do Iraque
-Retorno da ocupação imperialista
3. As razões reais para a invasão do Iraque — e além
-A atual agenda estratégica dos Estados Unidos
-A frente interna em ruínas
-Solução militar para uma crise econômica
4. Reabilitando o colonialismo
Notas


A Crise da ONU!
A intenção de Washington de atacar o Iraque sem a anuência formal da ONU põe a entidade numa situação crítica: seus defensores lamentarão que suas decisões não sejam respeitadas, e seus detratores -sobretudo a ala mais conservadora do Partido Republicano dos EUA- dirão que ela não é legítima porque permite que Saddam Hussein mantenha armas de destruição em massa.

Todavia a discussão atual é mais profunda. Ela diz respeito à configuração da nova ordem mundial, cuja construção começou com a queda do Muro de Berlim (1989) e ganhou forte impulso após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. A questão é saber se essa ordem será multilateralista ou se a única superpotência do planeta dominará a cena global. Segundo analistas ouvidos pela Folha, o futuro da ONU depende do modo como os EUA vêem essa nova ordem. "Se Washington mantiver sua atitude, buscando usar a entidade como instrumento de sua política externa, a situação será difícil para ela, já que o restante do mundo não aceitará esse quadro", disse Michael Kreile, especialista em ONU da Universidade Humboldt (Berlim).

Desde sua criação, em 1945, a ONU tem sido um fórum multilateralista, no qual a comunidade internacional tenta manter a paz e a segurança mundiais e promover valores considerados universais por meio de regras consensuais. Contudo, na Guerra Fria, ela teve sua atuação limitada pelos imperativos geopolíticos da época.

Os EUA e a URSS utilizaram, então, seu poder de veto inúmeras vezes, não deixando que a vontade da maioria prevalecesse. "Houve várias crises em que a legitimidade da ONU foi posta em xeque. Mas ela sobreviveu, mostrando seu valor para o mundo contemporâneo", disse Ole Holsti, da Universidade Duke (EUA).

"Porém seu futuro dependerá de Washington, pois ela não poderá dizer-se legítima sem o apoio da única superpotência planetária. A guerra contra o Iraque será decisiva, já que influenciará a opinião pública americana. O unilateralismo não é popular. E, em última análise, o apoio popular é a principal variável analisada pelos estrategistas do governo." O perigo para a entidade é que a atual administração americana se convença da necessidade de agir de modo unilateralista de agora em diante. Ademais, de qualquer modo, a âncora do sistema internacional (a aliança entre os EUA e a Europa) não será mais a mesma. "A ONU não acabará, mas a divisão entre americanos e europeus transformará a entidade num local em que as negociações serão mais duras", explicou Charles Kupchan, pesquisador no Council on Foreign Relations (EUA).

Trata-se, portanto, de uma questão da divisão do poder na nova ordem mundial. Esta, mais uma vez, põe a ONU numa situação de crise. Todavia a entidade já foi atacada no passado sem que seu fim realmente ocorresse.

"Como o momento é de definição entre o multilateralismo e o unilateralismo americano, a crise atual não põe em risco apenas a ONU, mas todo o sistema global multilateralista criado após a Segunda Guerra [1939-1945". A controvérsia atinge também a Otan [aliança militar ocidental] e as demais agências internacionais", analisou Eric Fassin, da Escola Normal Superior (Paris).

Há, contudo, unanimidade entre os analistas quanto à necessidade da existência de um órgão como a ONU. Afinal, além de sua esfera político-diplomática -a mais conhecida-, ela tem uma miríade de projetos em países pobres ou em desenvolvimento. Para reaver toda a sua legitimidade, porém, ela deverá encontrar seu lugar na nova ordem mundial.


BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento Definição Instituição de auxílio ao desenvolvimento. O BIRD foi fundado em 1944, por meio dos Acordos de Bretton Woods. A missão primordial desta entidade ao ser constituída consistia, segundo Seitenfus, em “auxiliar financeiramente os Estados-Membros” (p.150). Objetivos Auxiliar financeiramente Estados-Membros e países em desenvolvimento; Promover o investimento privado por meio de concessão de garantias e de complemento de fundos (Tais investimentos devem se enquadrar em alguns objetivos específicos, que resultem em alguma forma de desenvolvimento). Características Apresenta uma estrutura bicameral; o Banco Mundial é administrado por um Conselho de Governadores (Estados-Membros) e um Conselho de Administração (membros); Processo de tomada de decisão vinculado às partes de capital de cada país membro (um país-membro têm direito a 250 votos, mais votos podem ser acrescidos conforme seu capital dentro do Banco Mundial); Empréstimos são concedidos, primordialmente, aos Estados-Membros. No entanto, empresas privadas, governos estaduais e municipais podem solicitar empréstimos. Os empréstimos devem ser reembolsados em um prazo que varia entre quinze e vinte anos; A taxa de juros aplicada é mais baixa que a tradicional usada no mercado privado de capitais, porém, esta sofre um acréscimo de um a dois por cento em função de despesas administrativas. Caráter ambíguo (Pois age como um banco comercial, buscando auferir resultados lucrativos, porém, em contrapartida, atua como uma instituição de “serviço público internacional”, conforme as palavras do autor); Principais ações As ações mais significativas do BIRD foram a promoção do Plano Marshall e a reconstrução da Europa no pós Segunda Guerra Mundial. Principais problemas A crítica desenvolvida pelo autor ao Banco Mundial consiste na afirmação de que esta entidade vem tomando posicionamentos e aconselhando políticas públicas, assim, interferindo de maneira direta em um campo que deveria ser, conforme Seitenfus, “de interesse restrito dos países em via de desenvolvimento” (p.152). TendênciasDe acordo com o conteúdo visto sobre o Banco Mundial, pode-se observar que a instituição está tomando um rumo diferente do proposto inicialmente, buscando um espaço como ator capitalista que visa auferir lucros. Porém, mesmo assim, continua perseguindo algumas premissas básicas que visam o desenvolvimento mundial.


A História da FAO
Em 1943, quando o final da segunda guerra mundial era ainda muito difícil de predizer, 44 governos se reuniram em Hot Springs, na Virgínia (Estados Unidos da América), e se comprometeram a criar uma organização internacional na esfera da alimentação e agricultura. Sua função e seus objetivos foram descritos com eloqüência e clarividência extraordinárias no The Work of FAO (O trabalho da FAO), documento preparado em junho de 1945 em nome da Comissão Interina das Nações Unidas sobre Alimentação e Agricultura por um comitê presidido por Frank L. McDougall, da Austrália. A visão exposta neste documento continua sendo igual de pertinente hoje em dia que há 60 anos atrás.
O informe da Comissão Interina e o projeto de Constituição foram os elementos principais do primeiro período de sessões da Conferência da FAO, comemorado em Quebec (Canadá), que conduziu a fundação da FAO na qualidade de organismo especializado das Nações Unidas no dia 16 de outubro de 1945. Desde seu nascimento, foi determinado que a FAO teria caráter multidisciplinar e se ocuparia «deste grande setor que representam as granjas, as florestas, e as pesqueiras do mundo, e das necessidades que têm os seres humanos de seus produtos». O informe também enfatizava que a FAO começara seu trabalho no contexto de um esforço internacional muito mais amplo, já que estaria relacionada com o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e teria «como associados de trabalho [...] a órgãos que se ocupam dos problemas internacionais relativos ao trabalho, ao crédito, a estabilização monetária, ao comércio e ao mercadejo, à saúde, à educação, e a outras questões vitais para o bem-estar das nações».

Nos mais de seis decênios decorridos desde então, foram produzidas mudanças notáveis que tiveram uma profunda influência na FAO e nas demais organizações do sistema das Nações Unidas. Nos anos imediatamente posteriores a segunda guerra mundial, os esforços internacionais se centraram em grande parte em alimentar as pessoas famintas e subnutridas na Europa e no Japão, assim como em reconstruir a infra-estrutura e as cidades da Europa. Neste contexto foi estabelecido o Plano Marshall, mediante a qual foi proporcionado por volta de 13 milhões de dólares EE.UU destinados a investimentos em infra-estrutura básica e em empresas a fim de impulsionar a recuperação e que determinou um precedente para a prestação de assistência internacional em grande escala que foi posteriormente aplicado obtendo bons resultados na Ásia, e em menor escala, na América Latina, mas que ainda não foi aplicado na África.
Na medida em que o processo de descolonização avançava nos anos sessenta, um número crescente de nações que acabava de conquistar a independência passou a ser membro das Nações Unidas e seus organismos. Com a retirada das potências coloniais, o sistema das Nações Unidas começou a assumir muita das responsabilidades relacionadas com a provisão da assistência financeira e técnica que tentavam obter os novos Estados ao torná-los a cargo de seus próprios assuntos, tendo em vista a criação das instituições e da infra-estrutura sobre a qual apoiar seu futuro crescimento econômico.
O sistema das Nações Unidas, incluindo a FAO e outras organizações do grupo original de organismos especializados, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), cresceram rapidamente nos anos sessenta e setenta em resposta a estas novas demandas. Este crescimento foi acompanhado pela fundação de novas entidades no marco do sistema, incluindo, em esferas de interesse da FAO, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) em 1963, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 1965, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 1972 e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) em 1977, e em estreita relação com o sistema das Nações Unidas, o Grupo Consultivo sobre Investigação Agrícola Internacional (GCIAI) em 1971. A partir da década de 1960, o Banco Mundial e os bancos regionais de desenvolvimento aumentaram paulatinamente suas carteiras de investimentos em agricultura e no desenvolvimento rural e os doadores bilaterais começaram a estabelecer ministérios especializados em cooperação com o desenvolvimento.
Algumas das mudanças mais profundas foram produzidas durante as últimas três décadas.
Estas mudanças presumiram uma redefinição na maioria dos países da função de Estado, que abandonaram muitas esferas de atividades como a comercialização de produtos ou de insumos agrícolas e a gestão de agroindústrias para passar a centrar seus esforços na provisão de serviços e infra-estrutura essenciais, assim como no estabelecimento de marcos jurídicos, institucionais e de políticas que abrem oportunidades para o surgimento de agentes não estatais. Durante este breve período, o setor privado adquiriu uma crescente importância nas economias nacionais, e com freqüência é o principal provedor de tecnologias, insumos, serviços e mercados para os produtores, fenômeno que exige que se definam novamente as respectivas funções dos setores público e privado com relação ao desenvolvimento.
Igualmente significativo tem sido o crescimento de instituições no seio da sociedade civil, especialmente de organizações não governamentais (ONG), tanto nacionais como internacionais. Muitas delas foram criadas para preencher o vazio entre o Estado e o setor privado e para responder ao desejo de cidadãos individuais de poder contribuir diretamente para a redução do sofrimento humano em situações de emergência. Na medida em que seus recursos foram aumentando, sua função foi ampliando e passou a proporcionar assistência ao desenvolvimento (varias delas têm uma presença muito maior que a FAO nos países em desenvolvimento) e a atuar como poderosos promotores de um mundo mais justo e eqüitativo.
A FAO teve que enfrentar e adaptar sua função a estas mudanças que foram produzidas no mundo em geral sem deixar de centrar nos propósitos com os quais foi fundada. A Organização, que contava com 42 Estados Membros quando foi criada, tem agora 190 Membros. Neste plano mundial, a FAO reuniu as nações para entrar em acordo com uma amplia variedade de tratados, códigos de conduta, convenções, normas e diretrizes voluntárias de importância crucial a fim de velar por uma melhor ordenação dos recursos comuns do mundo, como os recursos fitogenéticos e os peixes marinhos, reduzir os perigos derivados do comércio de praguicidas perigosas, estabelecer normas uniformes para os alimentos que protegem os consumidores ao tempo que facilitam o comércio e garantir o direito das pessoas de dispor de acesso à alimentos suficientes e inócuos.
A FAO tem usado em varias ocasiões seu poder de convocatória para reunir a seus membros com objeto de reforçar sua resolução comum e enfrentar problemas mundiais críticos. Em especial convocou, ao nível de Chefes de Estado e Governos, a Cúpula Mundial sobre a Alimentação (CMA) de 1996 e a Cúpula Mundial sobre a Alimentação: cinco anos depois de 2002. Na cúpula de 1996 foi estabelecida pela primeira vez uma meta de quantitativa com respeito à redução da fome, pois foi pedido que se reduzisse pela metade o número de pessoas subnutridas em todo o mundo até o ano 2015, e foi elaborado um projeto, plasmado num Plano de Ação, para conseguir a segurança alimentar universal.
No entanto, para muitas pessoas, especialmente nos países em desenvolvimento e em transição, os resultados da FAO são visíveis principalmente devido ao seu trabalho prático de desenvolvimento e a sua oportuna intervenção durante emergências. A FAO desempenhou um papel fundamental em muitos países com vista a realizar inventários de seus recursos hídricos, pesqueiros, florestais e de terras e a completar censos agropecuários que proporcionaram a base para formular políticas e estratégias de desenvolvimento. O apoio da Organização na criação de instituições tem sido fundamental para estabelecer estruturas governamentais nacionais em relação com os setores agrícola, florestal e pesqueiro em muitos países em desenvolvimento que são Membros da FAO, com freqüência desde o exato momento de seu nascimento como nações independentes.
Muitos dos programas encaminhados a difundir variedades de alto rendimento de distintos cultivos e construir os planos de risco que desempenharam uma função tão importante na revolução verde, tornando-a possível, foram planificados e executados com a ajuda de engenheiros e agrônomos da FAO. Os meios de subsistência dos pescadores artesanais nos países em desenvolvimento tem sido salvaguardados por leis que regulam os direitos de pesca redigidos por advogados da FAO. Um grande número de famílias pobres está em condições de manejar recursos florestais frágeis graças a programas florestais comunitários que permitem melhorar a sustentabilidade do meio ambiente, salvaguardar as fontes de água e reforçar os meios de subsistência familiares. Milhões de pequenos agricultores aprenderam a produzir cultivos saudáveis e mais rentáveis sem uma dependência indevida de praguicidas perigosas. E as comunidades de agricultores azotados pela seca, os furacões ou inundações conseguiram se reconstruir novamente graças a intervenções oportunas de socorro e reabilitação.
Ao comemorar seu aniversario, a FAO pôde, portanto, recordar com satisfação suas muitas realizações. Um dos êxitos mais notáveis da segunda metade do século XX foi a contribuição feita para a expansão da economia mundial e a melhora das condições de vida dos agricultores, fazendeiros e pescadores do mundo, e das pessoas cujos meios de subsistência dependem das florestas, ao satisfazer a demanda de alimentos, fibras, moradia e lenha de uma população cujo número foi triplicado. Além do mais, durante este período, o consumo médio de alimentos per capita aumentou 23 por cento e desde 1960 a proporção de pessoas que padecem de fome foi reduzido de 35 por cento a 13 por cento (em 2000-2002). O aumento da produção possibilitou uma queda dos preços dos produtos básicos, com a conseguinte redução dos custos para os consumidores. A FAO pode afirmar legitimamente que fez parte, em conformidade com seu mandato, nestas grandes realizações.
Ao mesmo tempo, a Organização e seus Membros devem admitir que não conseguiram satisfazer as esperanças dos fundadores da FAO em duas esferas sumamente importantes:
• em primeiro lugar, mais de 800 milhões de pessoas, por volta de um a cada oito habitantes do planeta, não foram ainda liberados da fome; e
• em segundo lugar, para enfrentar a explosão da demanda, foram feitos danos incalculáveis, alguns deles irreversíveis, aos recursos naturais do mundo.
As questões centrais que deve afrontar a FAO na medida em que avança o século XXI, por conseguinte são: aumentar a eficácia de seu trabalho em união com seus membros, tendo em vista a erradicação da fome e da pobreza, e reforçar sua contribuição com o objetivo de satisfazer as necessidades mundiais de alimentos e produtos florestais sem por em perigo a sustentabilidade de aproveitamento dos recursos naturais do planeta: as terras, a água, a biodiversidade, as florestas e as zonas de pesca.
No início do milênio estas preocupações foram abordadas pela comunidade internacional em sua totalidade e foram incorporadas em um conjunto mais amplo de oito objetivos, os objetivos de desenvolvimento do Milênio (ODM), que, considerados globalmente, definem as aspirações fundamentais imediatas para os países e para o sistema das Nações Unidas nos alvores do século XXI, e determinam metas concretas que deverão ser alcançadas até o ano 2015. No dia 13 de setembro, na reunião Plenária de Alto Nível do 60º período de sessões da Assembléia Geral (A Cúpula Mundial de 2005), os Chefes de Estado e de Governo presentes reiteraram firmemente sua «determinação de assegurar o cumprimento oportuno e cabal dos objetivos e metas convindos nas grandes conferências e cúpulas das Nações Unidas, incluindo os [...] denominados objetivos de desenvolvimento do Milênio, que contribuíram para galvanizar os esforços de erradicar a pobreza
rganização Mundial do Comércio
(OMC)
Historial
A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi estabelecida em 1 de Janeiro de 1995, após as negociações da ronda Uruguai, em 1994. A sede é em Genebra na Suíça, dirigida por um director geral. A OMC é o sucessor do acordo geral dos direitos aduaneiros e comércio (GATT). Desde o GATT até esta organização, o objectivo é tentar apoiar aos seus membros a redução dos direitos aduaneiros e a eliminação de barreiras comerciais. Em 1947, na altura da fundação do GATT, este tinha 23 membros. Actualmente (Dezembro de 2005), a OMC já tem 149 membros, que agrupam mais de 97% do comércio do mundial.
A OMC tem a função de elaboração dos diplomas globais para o comércio, a fim de aumentar a transparência e previsibilidade do comércio internacional.

Funções
As principais funções da OMC são as seguintes:
• Administrar os acordos de comércio da OMC
• Proporcionar um local para as negociações comerciais
• Regular disputas comerciais
• Fiscalizar as políticas de comércio dos membros
• Fornecer auxílio técnico e de formação aos países em desenvolvimento e aos menos desenvolvidos
• Cooperar com outras organizações internacionais

Estrutura
A OMC é uma organização intergovernamental cujo regime decisório é por consenso.
• Conferências ministeriais
O corpo que toma decisão a nível superior da OMC é a Conferência Ministerial na qual participam todos os membros. Esta reúne-se, pelos menos, cada dois anos, e tem por função decidir os assuntos relativos aos acordos de comércio multilateral.
• Conselho geral
O Conselho geral, também organizado pelos representantes de todos os membros da OMC, realiza-se periodicamente, assumindo as funções da Conferência Ministerial extraordinariamente. Sob o enquadramento do acordo da “compreensão de estabelecimento da disputa” e do mecanismo da “apreciação de política comercial”, o conselho resolve disputas comerciais entre os membros e analisa as políticas comerciais, de acordo com os procedimentos decididos.
• Conselhos
Para além do Conselho geral, funcionam ainda o conselho do comércio de mercadorias, conselho do comércio de serviços e conselho do comércio da propriedade intelectual. Os conselhos ainda podem estabelecer estruturas subordinadas, nomeadamente, comités, grupos de trabalho, etc..
• Secretariado
O Secretariado não cabe tomar decisões directas. A sua principal função é prestar auxílio administrativo para o funcionamento global da OMC.

Acordos
Os acordos da OMC envolvem 3 áreas: comércios de mercadorias e de serviços e propriedade intelectual, e incluem a criação das regras para a liberalização do comércio e respectivas excepções acordadas. Os acordos contêm compromissos relativos à redução dos direitos aduaneiros e outras barreiras comerciais, à abertura constante do mercado de serviços, bem como a protecção da propriedade intelectual. Destes acordos constam os procedimentos a serem seguidos para a resolução de disputas e o tratamento preferencial a ser concedido a economias em desenvolvimento e menos desenvolvidas. Além disso, os acordos exigem maior transparência nas políticas comerciais dos membros, que devem notificar a OMC das normas legais que implementam e das medidas adoptadas. O secretariado distribui periodicamente aos membros o relatório sobre as políticas comerciais.

Relações entre Macau e a OMC
Ao longo dos anos, Macau é um porto franco. Este aderiu ao GATT em 1991 e tornou-se membro-fundador da OMC em 1995.
Após a transferência da soberania de Macau para a China em 1999, mantém-se a posição do membro de Macau, em relação à OMC. Ao abrigo do princípio de “um país, dois sistemas”, Macau e o Continente são duas regiões aduaneiras autónomas. De acordo com a “Lei Básica”, Macau aplica política de comércio livre a fim de garantir a livre circulação de mercadorias e o livre fluxo de bens incorpóreos e capitais.
Dado ao desenvolvimento social e ao sistema jurídico, Macau torna-se uma economia bastante aberta. Através do regime de comércio multilateral promovido pela OMC, tem aumentado a transparência da política comercial com vista a criar um ambiente favorável ao investimento.

Organização Mundial da Saúde
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Organização Mundial da Saúde



Bandeira da OMS

Tipo Agência especializada
Acrônimo OMS
Comando Diretor geral da OMS
Dra. Margaret Chan

Status ativa
Fundação 7 de abril de 1948

Sede Genebra, Suíça

Website www.who.int

Commons
United Nations World Health Organisation

Organização das Nações Unidas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações Unidas. Sua sede é em Genebra, na Suíça. A directora-geral é, desde novembro de 2006, a chinesa Margaret Chan.[1]
A OMS tem suas origens nas guerras do fim do século XIX (México, Crimeia). Após a Primeira Guerra Mundial, a SDN criou seu comité de higiene, que foi o embrião da OMS.
Segundo sua constituição, a OMS tem por objetivo desenvolver ao máximo possível o nível de saúde de todos os povos. A saúde sendo definida nesse mesmo documento como um «estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade.»
O Brasil tem participação fundamental na história da Organização Mundial da Saúde, criada pela ONU para elevar os padrões mundiais de saúde. A proposta de criação da OMS foi de autoria dos delegados do Brasil, que propuseram o estabelecimento de um "organismo internacional de saúde pública de alcance mundial"[2]. Desde então, Brasil e a OMS desenvolvem intensa cooperação.
Índice
[esconder]
• 1 Estrutura
• 2 O papel da OMS na saúde pública
• 3 Referências
• 4 Ligações externas

[editar]Estrutura


Sede da OMS em Genebra, Suíça.
A OMS é composta por 193 Estados-membros, onde se incluem todos os Estados Membros da ONUexcepto o Liechtenstein e dois não-membros da ONU, Niue e as Ilhas Cook. Os territórios que não são Estados-membros da ONU podem tornar-se Membros Associados (com acesso total à informação, mas com participação e direito de voto limitados) se assim forem aprovado em Assembleia: Porto Rico eTokelau são Membros Associados. Existe também o estatuto de Observador; alguns exemplos incluem a Palestina (um Observador da ONU), o Vaticano (um observador não-membro da ONU) e Taipé Chinesa (uma delegação convidada).
Os Estados-membro da OMS nomeiam delegações para a Assembleia Geral da Saúde Mundial, que é o corpo decisor supremo. Todos os Estados-membros da ONU são elegíveis para pertencer à OMS e, de acordo com o afirmado no website da OMS, "Podem ser admitidos outros países como membros sempre que a sua aplicação seja aprovada por uma maioria simples de votos na Assembleia Geral da Saúde Mundial".
A Assembleia Geral da OMS reúne-se anualmente em Maio. Para além da nomeação do Director-Geral a cada 5 anos, a Assembleia analisa as políticas de financiamento da Organização e revê e aprova o orçamento proposto. A Assembleia elege 34 membros, tecnicamente qualificados na área da saúde, para a Direcção Executiva durante um mandato de três anos. As principais funções desta Direcção serão as de levar a cabo as decisões e regras da Assembleia, de aconselhá-la e, de uma forma geral, auxiliar e facilitar a sua missão.
A OMS é financiada por contribuições dos Estados-membros e doadores vários. Nos últimos anos, o trabalho da OMS tem envolvido de forma crescente a colaboração com entidades externas; existem actualmente cerca de 80 parcerias com organizações não-governamentais e indústria farmacêutica, bem como com fundações como a Fundação Bill e Melinda Gates e a Fundação Rockefeller. Com efeito, as contribuições voluntárias para a OMS por governos locais e nacionais, fundações e ONGs, outras organizações da ONU e o próprio sector privado, excedem actualmente as contribuições estabelecidas (quotas) pelos 193 Estados-membros.[3]
[editar]O papel da OMS na saúde pública
Que cumpra os seus objectivos através das seguintes funções essenciais:
 a liderança em questões críticas para a saúde e envolvimento em parcerias onde a acção comum;
 determinar a agenda de pesquisa e estimular a geração, difusão e utilização de conhecimentos valiosos;
 estabelecimento de normas e promover e acompanhar a sua aplicação prática;
 desenvolver opções políticas que são éticos e científicos de base;
 prestar apoio técnico, catalisando mudanças e capacitação institucional sustentável;
 acompanhar a situação de saúde e avaliação das tendências de saúde.
Estas funções básicas estão descritas no Décimo Primeiro Programa Geral de Trabalho, que estabelece o quadro para o programa de trabalho, orçamento, recursos e resultados em toda a organização. Intitulado "Empreender para a Saúde", o programa abrange o período de dez anos, de 2006-2015.
Unesco

História
Já em 1942, os governos dos países europeus que enfrentavam a Alemanha nazista e seus aliados reuniram-se no Reino Unido para a Conferência dos Ministros Aliados da Educação (CAME). A Segunda Guerra Mundial estava longe de terminar, mas os países estavam procurando maneiras de reconstruir seus sistemas de ensino uma vez que a paz foi restaurada. O projeto ganhou força rapidamente e logo assumiu uma nota universal. Novos governos, incluindo o dos Estados Unidos, decidiu juntar-se dentro
Com a proposta de veio, uma Conferência das Nações Unidas para o estabelecimento de uma organização educacional e cultural (ECO / CONF) foi convocada em Londres, 1-16 novembro de 1945. Mal havia terminado a guerra, quando da abertura da conferência. Ele reuniu os representantes de quarenta e quatro países. Estimulado pela França e pelo Reino Unido, dois países que tinham conhecido grandes dificuldades durante o conflito, os delegados decidiram criar uma organização que encarnam uma verdadeira cultura da paz. Nos seus olhos, a nova organização deve estabelecer a "solidariedade intelectual e moral da humanidade" e, com isso, evitar a eclosão de outro war.It mundo é uma organização internacional organizado pelas Nações Unidas.
Como conseqüência de sua entrada na Organização das Nações Unidas, a República Popular da China tem sido o único representante legítimo da China na UNESCO desde 1971. A República Democrática Alemã foi membro de 1972-1990, quando aderiu à República Federal da Alemanha.
A Liga das Nações, a Organização das Nações Unidas "ancestral, também tiveram uma instituição para lidar com a cooperação intelectual: o"Comitê Internacional de Cooperação Intelectual"(ICIC), que teve membros de prestígio, como Albert Einstein, Thomas Mann, Marie Curie e Paul Valéry.[4]
A bandeira da UNESCO mostra uma variação do Parthenon, o templo grego antigo, que está localizado emAtenas, Grécia.
A Conferência Geral é uma reunião de estados membros da organização e membros associados, em que cada estado tem um voto. Reunião de dois em dois anos, ele define as políticas gerais e define linhas de programa para a organização.
58 A Diretoria membros são eleitos pela Conferência Geral para mandatos de quatro anos. A Comissão Executiva prepara as sessões da Conferência Geral e assegura que as instruções são executadas. Além disso, outras descargas mandatos específicos que lhe são atribuídas pela Conferência Geral.
O Secretariado é constituído pelo Director-Geral e sua equipe e é responsável pela gestão do dia-a-dia da organização. O director-geral, que serve como a face pública da UNESCO, é eleito para um mandato (renovável) de quatro anos pela Conferência Geral. A equipe atualmente conta com cerca de 2100, dos quais cerca de dois terços são baseados em Paris, com o terço restante espalhado pelo mundo em 58 escritórios da UNESCO campo. A Secretaria está dividida em vários escritórios administrativos e cinco setores programa que refletem as principais áreas da organização, de foco.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo monitoramento das taxas de câmbio e da balança de pagamentos, através de assistência técnica e financeira. Sua sede é em Washington, DC,Estados Unidos.
Introdução
O FMI se auto-proclama como uma organização de 185 países, trabalhando por uma cooperação monetária global, assegurar estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover altos níveis de emprego e desenvolvimento econômico sustentável, além de reduzir a pobreza.
O FMI foi criado em 1945 e tem como objetivo básico zelar pela estabilidade do sistema monetário internacional, notadamente através da promoção da cooperação e da consulta em assuntos monetários entre os seus 184 países membros. Com exceção de Coréia do Norte, Cuba, Liechtenstein, Andorra, Mônaco, Tuvalu e Nauru, todos os membros da ONU fazem parte do FMI. Juntamente com o BIRD, o FMI emergiu das Conferências de Bretton Woods como um dos pilares da ordem econômica internacional do pós-Guerra. O FMI objetiva evitar que desequilíbrios nos balanços de pagamentos e nos sistemas cambiais dos países membros possam prejudicar a expansão do comércio e dos fluxos de capitais internacionais. O Fundo favorece a progressiva eliminação das restrições cambiais nos países membros e concede recursos temporariamente para evitar ou remediar desequilíbrios no balanço de pagamentos. Além disso, o FMI planeja e monitora programas de ajustes estruturais e oferece assistência técnica e treinamento para os países membros.
[editar]Objetivos
 Promover a cooperação monetária internacional, fornecendo um mecanismo de consulta e colaboração na resolução dos problemas financeiros;
 Favorecer a expansão equilibrada do comércio, proporcionando níveis elevados de emprego e trazendo desenvolvimento dos recursos produtivos;
 Oferecer ajuda financeira aos países membros em dificuldades econômicas, emprestando recursos com prazos limitados;
 Contribuir para a instituição de um sistema multilateral de pagamentos e promover a estabilidade dos câmbios.
[editar]Assembleia de Governadores


Assembléia de Governadores
A autoridade decisória máxima do FMI é a Assembleia de Governadores do Fundo Monetário Internacional, formada por um representante titular e um alterno de cada país membro, geralmente ministros da economia ou presidentes dos bancos centrais.
A diretoria executiva, composta por 24 membros eleitos ou indicados pelos países ou grupos de países membros, é responsável pelas atividades operacionais do Fundo e deve reportar-se anualmente à Assembleia de Governadores. A diretoria executiva concentra suas atividades na análise da situação específica de países ou no exame de questões como o estado da economia mundial e do mercado internacional de capitais, a situação economica da instituição, monitoramento economico e programas de assistência financeira do Fundo.
A Assembleia de Governadores do FMI é assessorada ainda pelo "Comitê Interino" e pelo "Comité de Desenvolvimento" (conjunto com o BIRD), que se reúnem duas vezes por ano e examinam assuntos relativos ao sistema monetário internacional e à transferência de recursos para os países em desenvolvimento, respectivamente.
Teoricamente, os governadores elegem o presidente do FMI, porém, na prática, o presidente do Bird é sempre um cidadão dos Estados Unidos da América, escolhido pelo governo norte-americano. Já o director-presidente do FMI é tradicionalmente um europeu.
O dinheiro do FMI vem dos 185 países-membros, entre os quais o Brasil e Portugal, por isso, o poder de voto depende da contribuição de cada país.
[editar]Diretoria Executiva
As discussões a respeito dos problemas financeiros das nações e suas possíveis soluções são discutidas três vezes por semana, e constitui dever da Diretoria Executiva. Ela é composta por 24 representantes. Existem 8 assentos permanentes e 16 membros da diretoria são eleitos bienalmente entre grupos de países. Os membros e seus respectivos grupos são:
 Permanentes: Estados Unidos (único acionista com poder de veto)[1], Japão, Alemanha, França, Reino Unido, China, Rússia e Arábia Saudita.
Membros eleitos Grupos
Bélgica
Áustria, Bielorrússia, Bélgica, Hungria, Cazaquistão, Luxemburgo, República Checa, Eslovênia, Turquia, Armênia, Eslováquia

Países Baixos
Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Croácia, Chipre, Geórgia, Israel, Jugoslávia, Moldova, Holanda, Romênia, Ucrânia

México
Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Espanha, Venezuela

Itália
Albânia, Grécia, Itália, Malta, Portugal, San Marino, Timor-Leste

Canadá
Antígua e Barbuda, Baamas, Barbados, Belize, Canadá, Dominica, Granada, Irlanda, Jamaica, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas

Finlândia
Dinamarca, Estônia, Finlândia, Islândia, Letônia, Lituânia, Noruega, Suécia

Coreia do Sul
Austrália, Kiribati, Coréia, Ilhas Marshall, Micronésia, Mongólia, Nova Zelândia, Palau, Papua-Nova Guiné, Filipinas, Samoa, Seychelles, Ilhas Salomão, Vanuatu

Egito
Bahrein, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Maldivas, Oman, Qatar, Síria, Emirados Árabes Unidos, Iêmen

Malásia
Brunei, Cambodja, Ilhas Fiji, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Nepal, Cingapura, Tailândia, Tonga, Vietnã

Tanzânia
Angola, Botswana, Burundi, Eritréia, Etiópia, Gâmbia, Quênia, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Serra Leoa, África do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Uganda,Zâmbia

Suíça
Azerbaijão, Quirguistão, Polônia, Sérvia e Montenegro, Suíça, Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão

Irã
Afeganistão, Argélia, Gana, Irã, Marrocos, Paquistão, Tunísia

Brasil
Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, Suriname, Trindade e Tobago

Índia
Bangladesh, Butão, Índia, Sri Lanka

Argentina
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai

Guiné Equatorial
Benim, Burquina Faso, Camarões, Cabo Verde, Chade, República do Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Gabão, Guiné Equatorial, Guiné, Guiné Bissau, Madagascar, Mali,Mauritânia, Maurício, Nigéria, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo

[editar]Moeda
O ativo financeiro do FMI é o Direito Especial de Saque. Substitui o ouro e o dólar para efeitos de troca. Funciona apenas entre bancos centrais e também pode ser trocado por moeda corrente com o aval do FMI. Tendo sido criado em 1969, começou a ser utilizado apenas em 1981. Seu valor é determinado pela variação média da taxa de câmbio dos cinco maiores exportadores do mundo:França (Euro), Alemanha (Euro), Japão (iene), Reino Unido (libra esterlina) e Estados Unidos (dólar estadunidense). A partir de 1999, o euro substituiu as moedas francesa e alemã neste cálculo. O Fundo possui hoje, aproximadamente, U$ 310 bilhões, ou DES 213 bilhões, disponíveis para empréstimo. A cotação do DES hoje (16 de maio de 2005) é de USD 1,49405.[2] Através de média ponderada: soma de uma quantia específica das 4 moedas com a cotação em dólar estadunidense, com base nas taxas diárias de câmbio do mercado de Londres.
[editar]Cotas
Cada país membro detém no FMI uma cota a ser determinada com base em seus indicadores econômicos, entre eles o PIB. Quanto maior a contribuição ao FMI, maior é o peso do voto nas decisões. Há uma revisão geral das cotas a cada cinco anos. O Fundo pode propor um aumento nas cotas de determinado país, mas é necessária a aprovação por 85 % dos votos para qualquer modificação. Os membros que queiram aumentar sua cota devem pagar ao Fundo a mesma quantia em DES correspondente ao aumento. Os cinco maiores acionistas são: Estados Unidos,Alemanha, Japão, França e Reino Unido. Cada país pode sacar 25 % de sua cota correspondente. Acima deste percentual, é preciso assinar um termo (carta de intenções, atrelada geralmente a ummemorando técnico de entendimento) onde se compromete a reduzir o déficit fiscal e promover a estabilização monetária. A partir de 1980, o FMI passa a funcionar como supervisor da dívida externa. Recentemente, o combate à pobreza mundial vem-se tornando uma preocupação central.
 Dez maiores cotistas
Posição
País Membro
Cotas (milhões DES)
% das cotas

1º Estados Unidos
37.149,30 17,46
2º Japão
13.312,80 6,26
3º Alemanha
13.008,20 6,11
4º Reino Unido
10.738,50 5,05
5º França
10.738,50 5,05
6º Itália
7.055,50 3,32
7º Arábia Saudita
6.985,50 3,28
8º República Popular da China
6.369,20 2,99
9º Canadá
6.369,20 2,99
10º Rússia
5.945,40 2,79
 O Brasil está na 17º posição, com DES 3036,10 milhões
 Juntos, os 10 primeiros possuem 55,3% da capacidade total de votos.
[editar]Formas de financiamento
 SBA - Acordo Stand-by (Stand-by agreement) - é a política mais comum de empréstimos do FMI. É utilizada desde 1952 em países com problemas de curto prazo na balança de pagamentos. Essa política envolve apenas o financiamento direto de 12 a 18 meses. O prazo de pagamento vai de três a cinco anos. São cobrados juros fixos de 2,22% mais uma taxa variável que pode chegar a 2%
 ESF - Programa de Contenção de choques externos (Exogenous Shocks Facility) - Crises e/ou conflitos temporários vinculadas a outros países e que influem no comércio, flutuações no preço de commodities, desastres naturais. Duram de 1 a 2 anos. Foca apenas nas causas do choque. Todos os membros podem pleitear esse empréstimo, mas sob as regras de um Plano de Assistência Emergencial.
 EFF - Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility) - Problemas de médio prazo, destinados àqueles países que possuem problemas estruturais no balanço de pagamentos. Procura-se resolver os problemas através de reformas e privatizações. Seu prazo vai de 3 a 5 anos.
 SRF -Programa de Financiamento de Reserva Suplementar (Supplemental Reserve Facility) - problemas de curto prazo de mais difícil resolução, como a perda de confiança no mercado ou ataques especulativos. Esses empréstimos são pagos em um prazo de até dois anos e, sobre eles, são cobrados juros fixos de 2,22% ao ano mais uma taxa que varia de 3% a 5%
 PRGF - Programa de Financiamento para Redução da Pobreza e Desenvolvimento (Poverty Reduction and Growth Facility) - destinada a países pobres. Está ligada às estratégias de combate à pobreza e retomada do crescimento. É exigido um documento do país membro contendo as estratégias para combate à pobreza. Com taxas de 0,5 % anuais, e podem ser pagos com prazo de 5½ a 10 anos.
 Assistência Emergencial (Emergency Assistance), para auxilio a países que sofreram catástrofes naturais ou foram palco de conflitos militares e ficaram economicamente desestabilizados.
[editar]Poder de voto
Membro do conselho representante
Total do poder de voto (%)

Guiné Equatorial
1,44
Argentina
1,99
Índia
2,39
Brasil
2,46
Irã
2,47
Rússia
2,74
Suíça
2,84
China
2,94
Tanzânia
3,00
Malásia
3,17
Arábia Saudita
3,22
Egito
3,26
Austrália
3,33
Noruega
3,51
Canadá
3,71
Itália
4,18
México
4,27
Países Baixos
4,84
França
4,95
Reino Unido
4,95
Bélgica
5,13
Alemanha
5,99
Japão
6,13
Estados Unidos
17,08
[editar]Apoio do FMI e do Banco Mundial à ditaduras militares
O propósito dos acordos estabelecidos em Bretton Woods se tornou controverso desde o período mais recente da Guerra Fria, devido ao fato de que o FMI apoiou ditaduras militares amigáveis aos interesses das corporações estadunidenses e européias. Alguns críticos também argumentam que o FMI é geralmente apático ou hostil aos valores de uma democracia, direitos humanos e direitos trabalhaistas. Estas controvérsias tem contribuido para dar sustentação ao movimento antiglobalização. Os argumentos a favor do FMI dizem que a estabilidade econômica é um precursor da democracia, entretando, os críticos demonstram vários exemplos em que países democráticos foram a bancarrota depois de receber os empréstimos do FMI. Nos anos 60, o FMI e o Banco Mundial apoiaram o governo do ditador militar brasileiro Castello Branco com dezenas de milhões de dólares de empréstimos e créditos que foram negados em governos anteriores eleitos democraticamente.
Países que estiveram ou estão sob uma ditadura militar e que são membros do FMI/Banco Mundial (empréstimos advindos de várias fontes em $ bilhões de dólares):[3]
País em dívida
Ditador
No poder desde
No poder até
dívida no ínicio da ditadura
dívida no fim da ditadura
dívida do país em 1996
dívida gerada pelo ditador $ bilhões
% sobre o total da dívida

Argentina
Ditadura militar
1976 1983 9.3 48.9 93.8 39.6 42%
Bolívia
Ditadura militar
1962 1980 0 2.7 5.2 2.7 52%
Brasil
Ditadura militar
1964 1985 5.1 105.1 179 100 56%
Chile
Augusto Pinochet
1973 1989 5.2 18 27.4 12.8 47%
El Salvador
Ditadura militar
1979 1994 0.9 2.2 2.2 1.3 59%
Etiópia
Mengistu Haile Mariam
1977 1991 0.5 4.2 10 3.7 37%
Haiti
Jean-Claude Duvalier
1971 1986 0 0.7 0.9 0.7 78%
Indonésia
Suharto
1967 1998 3 129 129 126 98%
Quênia
Moi
1979 2002 2.7 6.9 6.9 4.2 61%
Libéria
Doe
1979 1990 0.6 1.9 2.1 1.3 62%
Malawi
Banda
1964 1994 0.1 2 2.3 1.9 83%
Nigéria
Buhari/Abacha
1984 1998 17.8 31.4 31.4 13.6 43%
Paquistão
Zia-ul Haq
1977 1988 7.6 17
Paraguai
Stroessner
1954 1989 0.1 2.4 2.1 2.3 96%
Filipinas
Marcos
1965 1986 1.5 28.3 41.2 26.8 65%
Somália
Siad Barre
1969 1991 0 2.4 2.6 2.4 92%
África do Sul
apartheid
1948 1992 18.7 23.6 18.7 79%
Sudão
Gaafar Nimeiry/Sadiq al-Mahdi 1969 presente 0.3 17 17 16.7 98%
Síria
Assad
1970 presente 0.2 21.4 21.4 21.2 99%
Tailândia
Ditadura militar
1950 1983 0 13.9 90.8 13.9 15%
Zaire
República do Congo
Mobutu
1965 1997 0.3 12.8 12.8 12.5 98%
[editar]Críticas
O FMI tem sido muito criticado ultimamente, pois impõe medidas severas de contenção de gastos públicos, não considerando tais gastos como investimentos. A Ação Global dos Povos promoveu vários Dias Globais de Ação contra o Sistema Capitalista com manifestações por todo o mundo com início em 18 de Junho de 1999 (Colónia, Alemanha) durante a cimeira do FMI, marcando um novo tipo de mobilização do movimento antiglobalização. O nível de instabilidade em países em desenvolvimento gera um grau de desconfiança em relação ao Fundo, fazendo com que as medidas para a concessão de empréstimos sejam austeras. No entanto, alguns fatos vêm nos demonstrando que à medida que o grau de confiança do FMI aumenta, há uma flexibilização das condições dos empréstimos. Recentemente, foi concedido ao governo brasileiro um acordo piloto que permite utilizar US$ 1 bilhão em investimentos públicos sem que eles sejam contabilizados como gastos. Durante os próximos três anos, o governo brasileiro poderá utilizar esse dinheiro sem ter que contabiliza-lo como custo. O retorno financeiro é o fator mais importante na escolha de determinado projeto a ser implementado com base nessa folga orçamentária que será proporcionada pelo acordo piloto. A negociação já vem desde o governo passado, mas somente agora está sendo viabilizada. Aumentar e melhorar os mecanismos de controle de instituições nacionais com o intuito de evitar fraudes, como por exemplo, no INSS, também está na pauta do programa. A melhoria em infra-estrutura rodoviária já esta nos planos do governo. O Brasil não é único país em que o FMI esta começando a testar esse novo tipo de acordo e que poderá entrar como uma opção socialmente menos agressiva, pois não considera os gastos públicos como custos. A confirmação definitiva só virá no encontro do FMI a ser realizado na próxima Primavera.
Stiglitz (2004) cita em seu livro A Globalização e seus malefícios uma fotografia[4] de 16 de janeiro de 1998 em que aparecem o ex-presidente da Indonésia Haji Mohamed Suharto e o ex-diretor geral do FMI Michel Camdessus na ocasião da celebração de um programa de reformas[5] que a Indonésia teria que implementar em sua economia. A foto mostra Camdessus de braços cruzados em frente a Suharto, enquanto este assina os termos do programa de empréstimo de 43 bilhões de dólares. Na cultura javanesa, isso é sinônimo de ofensa, pois demonstra arrogância. Assim que Suharto viu a foto, o acordo foi cancelado.[6]
Alguns, como Stephen Kanitz, vêem o FMI como um organismo dotado de uma agenda particular, com interesses diversos daqueles dos países cotistas. Afirma-se que muitos de seus pronunciamentos e atuações não têm por escopo a manutenção da ordem financeira do sistema internacional, mas sim assegurar o poder de sua tecno-burocracia. [1]
Além disso, o FMI também foi amplamente criticado por sua atuação frente as crises financeiras internacionais e mais particularmente em relação à crise econômica da Argentina em 2002[7]. Atualmente, o organismo passa por uma série de reformas visando uma melhor adaptação de seus objetivos ao contexto internacional.
[editar]Diretor Geral
Datas Nome País
6 de maio de 1946 - 5 de maio de 1951
Camille Gutt
Bélgica

3 de agosto de 1951 - 3 de outubro de 1956
Ivar Rooth
Suécia

21 de novembro de 1956 - 5 de maio de 1963
Per Jacobsson
Suécia

1 de setembro de 1963 - 31 de agosto de 1973
Pierre-Paul Schweitzer
França

1 de setembro de 1973 - 16 de junho de 1978
Johannes Witteveen
Países Baixos

17 de junho de 1978 - 15 de janeiro de 1987
Jacques de Larosière
França

16 de janeiro de 1987 - 14 de fevereiro de 2000
Michel Camdessus
França

1 de maio de 2000 - 4 de março de 2004
Horst Köhler
Alemanha

7 de junho de 2004 - 2007
Rodrigo de Rato
Espanha

2007 -
Dominique Strauss-Kahn
França

Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma agência multilateral ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), especializada nas questões do trabalho.
Tem representação paritária de governos dos 182 Estados-Membros e de organizações de empregadores e de trabalhadores.
Com sede em Genebra, Suíça desde a data da fundação, a OIT tem uma rede de escritórios em todos os continentes.
O seu orçamento regular provém de contribuições dos seus Estados Membros, que é suplementado por contribuições de países industrializados para programas e projetos especiais específicos. No biénio 2000-01, o orçamento da OIT aprovado pelo Conselho de Administração foi de US$ 467 milhões, dos quais apenas 20% proveniente de contribuições regulares.
História
A OIT foi criada pela Conferência de Paz após a Primeira Guerra Mundial. A sua Constituição converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes.
A idéia de uma legislação trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexões éticas e econômicas sobre o custo humano da revolução industrial. As raízes da OIT estão no início do século XIX, quando os líderes industriais Robert Owen e Daniel le Grand apoiaram o desenvolvimento e harmonização de legislação trabalhista e melhorias nas relações de trabalho.
A criação de uma organização internacional para as questões do trabalho baseou-se em argumentos:
 humanitários: condições injustas, difíceis e degradantes de muitos trabalhadores,
 políticos: risco de conflitos sociais ameaçando a paz, e
 econômicos: países que não adotassem condições humanas de trabalho seriam um obstáculo para a obtenção de melhores condições em outros países.
Em 1944, à luz dos efeitos da Grande Depressão a da Segunda Guerra Mundial, a OIT adotou a Declaração da Filadélfia como anexo da sua Constituição. A Declaração antecipou e serviu de modelo para a Carta das Nações Unidas e para a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em 1969, em seu 50º aniversário, a Organização foi agraciada com o Nobel da Paz. Em seu discurso, o presidente do Comitê do Prêmio Nobel afirmou que a OIT era "uma das raras criações institucionais das quais a raça humana podia orgulhar-se".
Em 1998, durante a 86ª Conferência Internacional do Trabalho, foi adotada a Declaração sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento. O documento é uma reafirmação universal da obrigação de respeitar, promover e tornar realidade os princípios refletidos nas Convenções fundamentais da OIT, ainda que não tenham sido ratificados pelos Estados Membros.
Desde 1999, a OIT trabalha pela manutenção de seus valores e objetivos em prol de uma agenda social que viabilize a continuidade do processo de globalização através de um equilíbrio entre objetivos de eficiência econômica e de equidade social.


Aluna : Ghyorgia Vanessa Rosa !

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