sábado, 13 de novembro de 2010

o fmi ???

O FMI?


Fico impressionado com o número de jovens que acredita que o FMI "manda" no Brasil, quando a verdade é um pouco diferente. Vou tranqüilizar também aqueles que temem que um eventual rompimento com o FMI elevaria o dólar para R$ 3,50 e geraria o caos para a nossa economia.
Nada disto deverá acontecer, pelas razões que
irei apresentar.


Quem manda no FMI não são os acionistas do General Foods, nem George Soros e seus asseclas. O FMI é um organismo governamental, regido por funcionários públicos, de mais de 112 governos diferentes. Portanto, de privado ele não tem absolutamente nada. Consulte você mesmo o www.imf.org.
Os recursos do FMI são controlados por 112 governos, os Estados Unidos têm 18% dos votos, 10% a mais do que deveriam se o critério fosse população, e 20% a menos se o critério fosse produção.

O melhor hamburguer que comi na minha vida foi na cantina do FMI feito de filet mignon argentino, e custou somente US$ 0,30. No McDonald´s ao lado, um hamburger custava US$ 3,50. O pessoal do FMI sabe se cuidar com o dinheiro dos contribuintes de seus países.

O FMI foi criado, entre outros, por John Maynard Keynes, um economista intervencionista, hoje considerado centro-esquerda. Segundo o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, seus piores alunos terminavam trabalhando no FMI, os melhores em Wall Street. Se o FMI fosse maquiavélico contrataria os melhores economistas para implantarem suas políticas diabólicas, nunca os piores. Para que serve então o FMI?

Banqueiros privados cometem erros de tempos em tempos e por isto cada país possui um Banco Central para socorrê-los, com PROER e redescontos. Presidentes de Bancos Centrais e governos também cometem erros de tempos em tempos, só que em escala 100 vezes maior. A principal função do FMI é ser o Banco Central dos Bancos Centrais, e socorrê-los quando os erros que cometem são irremediáveis.

Quando pedem socorro, o FMI manda uma equipe de economistas da Áustria até a Zâmbia, para analisarem juntos os problemas e propor soluções. Numa destas visitas eles conversaram com os empresários da FIESP, e o economista chefe do FMI deixou Horácio Lafer Piva boquiaberto quando perguntou o que era uma "duplicata". "O senhor sequer sabe o que é uma duplicata?", foi a resposta.

Caro estudante e leitor, vamos ser honestos e pensar objetivamente: economistas de terceira categoria, que não conseguiram emprego melhor, vindos da Zâmbia, Peru e Bolívia, que nem sabem o que é uma duplicata, saberiam como corrigir nossos problemas e propor soluções? Seja sincero. É óbvio que não!

Aí é que entra a verdadeira função do FMI. Quem realmente prescreve as amargas receitas são os próprios economistas do governo. São eles que conhecem o país melhor do que ninguém, bem como os erros que cometeram. Eles sugerem medidas drásticas e impopulares, mas quem leva a fama e o ódio da população é o FMI.

"Esta medida foi uma imposição do FMI, não tínhamos como dizer não", é a desculpa do Ministro da Economia, e que toda a população acredita. Nem o Presidente da República, muito menos o Congresso, ficam sabendo destes bastidores, é tudo uma enorme encenação. Os brados "Fora FMI!" é para criar um inimigo externo e manter-se no poder, como sabiamente recomendava Maquiavel.

A verdadeira função do FMI é manter a governabilidade de governos incompetentes, até a próxima eleição.
Não vou exagerar e dizer que nenhuma medida é imposta pelo FMI. A cartilha é a mesma que aprendemos no pré-primário: colocar tudo em ordem, devolver o que tomamos emprestado, não bater no país vizinho. Por isto se chama cartilha.

Mas nestas imposições, o FMI só quer seu dinheiro de volta para poder comer hamburger de primeira. Por isto, o FMI se recusa a "dominar" a Argentina neste momento. Sabem que nunca receberão o dinheiro de volta.
Toda esta encenação é feita em comum acordo entre os 112 países membros, pois todo governo sabe que um dia poderá ser a sua vez.

Um rompimento com o FMI significa somente que os governos terão que admitir publicamente que erraram, e pedir demissão. E aí, o próximo governo proporá as medidas corretivas, dolorosas e necessárias.

O esquema de manter-se no poder culpando os outros, cai por terra para sempre. Governos incompetentes poderão até ser destituídos pelo povo, e não mais preservados pelo esquema FMI.

Que o FMI é um organismo nefasto, maquiavélico e que deve ser desmantelado, não há a menor dúvida, mas totalmente por outras razões.



postado por : gabriel antonio da rosa

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